Crueza bruta
2.7.25
Uma ocorrência da Natureza
1.7.25
Pulsação e quietude
«Quanto pó se acumula / no tecido nervoso de uma vida?» (Primo Levi)
9.6.25
Um paraíso para todos
19.5.25
Era uma vez duas vezes
25.4.25
Cão raivoso
4.3.25
Democracia, demónios e poesia
3.3.25
«embuçado em nectários, o mel escurece»
27.2.25
A IMPACIÊNCIA É FASCISTA
9.2.25
Ler, comer, caminhar, dançar, ouvir (ou um texto para Vera Mantero e Susana Santos Silva)
A self called nowhere
Política e medo em síntese
4.2.25
O que menos abandona
3.2.25
We always outside
12.1.25
Não só de pão
11.1.25
Espaços em branco
1.1.25
Life to come
25.12.24
A solidariedade é o mal
24.12.24
O grito unânime do Ocidente
23.12.24
A vida secreta
É preciso iniciar uma luta — a fundo perdido — contra o social. Mas sobretudo não iniciar uma que se baseie no um contra todos. Sobretudo não a encarar como um bode expiatório que asseguraria a unanimidade amontoando as pedras nas mãos estendidas de todos aqueles que o visam. Não se trata de iniciar uma luta desigual para nela perecer. É preciso iniciar uma vida secreta na qual sobreviver. São as estas as palavras de La Boétie antes de morrer, antes de ser traído pelo amigo, antes de Montaigne desistir de o publicar, antes de ser vencido pelo esquecimento. É Espinoza excomungado, banido, fugitivo, livre, polindo o vidro das lupas para ver mais de perto a felicidade que anima a terra sob o mundo humano e contemplar o maior tempo possível a explosão original que prossegue no fundo da abóbada celeste. Alguns homens escapam do mito, desfazendo a servidão voluntária, errando na periferia do «Todos os homens».
19.12.24
Publicidade aos piores sentimentos
16.12.24
Tracção do nada
Nan Goldin, discurso em defesa da Palestina
Qualquer recorte do real é político; a fotografia ou mostra a dor (sem estética, maximamente desprendida) ou é negócio, ou seja, abjeta. A arte fala dos que morrem, a intervenção acusa os sobreviventes que, além de os terem matado, os humilham (os sobreviventes de uma hora, as vítimas eternas). Nenhuma celebração que não seja a possibilidade de um fogo, a negação de um qualquer euzinho inflado. Um resto por onde o real extravasa, onde fica e pode ser imaginado todo o sofrimento.
17.11.24
Homens-sanduíche, varredores, frio
16.11.24
Hospitalidade
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