Não é hora ainda, não, de enviar cartas sonoras através da ranhura. Esse erotismo manso tão inquieto que não aceita enclausurar-se em si mesmo, excluindo-se por dentro o facto evidente de que se vive. Inclinado apenas para amar, na advertência de René Char.
Que a tua vida não perturbe o facto inatacável de haver quem trabalhe amanhã. Quando o silêncio é só mais um andamento do medo, de uma desaparição discreta preparada ao milímetro.
Roy Andersson, Um pombo pousou num ramo a refletir na existência (2014)
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