Suely Rolnik, Esferas da insurreição. Notas para uma vida não-chulada
16.11.23
Uma boa tese sobre a chulice — e com a linguagem forte da vanguarda e do pensamento que pensa
O que caracteriza micropoliticamente o regime colonial-capitalístico é a chulice da vida enquanto força de criação, transmutação e variação — a sua essência e também condição para a sua persistência, na qual reside um fim maior, ou seja, um destino ético. Este estupro profanador da vida é a medula do regime na esfera micropolítica, ao ponto de podermos designá-lo por «colonial-chulístico». É a força vital de todos os elementos que compõem a biosfera que é por ele expropriada e corrompida: plantas, animais, humanos, etc. São também chulados os outros três planos que formam o ecossistema planetário, dos quais depende a composição e a manutenção da vida: a crosta terrestre, o ar, as águas.
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