Aqui perto, os edifícios que caem estão vazios. Os escombros acumulam-se. Sem ninguém, sem a terra vermelha e os frutos selvagens.
As crianças decepadas ganharam asas e as árvores estenderam raízes para o alto.
Não nos vemos, nem ouvimos. Cavamos trincheiras, sepulturas. Apontamos as armas que separam o inseparável. Flutuamos. Mortos vivos que nem sabem amar as tempestades.
Silvina Rodrigues Lopes, Sobretudo as vozes
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