9.8.13

De novo Jenny Hval

Como já o disse João Lopes, a respeito de Innocence is kinky, o corpo não é mais do que um conjunto de músculos, tendões, ossos, órgãos, membros. Vê-lo nu não implica revelação nenhuma. Nele não encontramos Deus ou algum afim transcendente. Apenas cheiros, reentrâncias, sulcos, vincos, distensões, tremores, aspereza, suavidade, dureza, flacidez, suor, fluidos, pêlos, saliências, rugas, cicatrizes, protuberâncias. Daí que o desnudamento seja essencialmente defectivo. Define o corpo a possibilidade de ligação (Deleuze); é ele, por natureza, não-impenetrável (J-L. Nancy). Por isso, podem abrir o vídeo à vontade. Sublinho: grande, grande, álbum, com visíveis influências de PJ Harvey e Bjork, numa atmosfera evocativa de um filme de Lars von Trier.






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