Ao olhar de Deus, as crianças correm.
Deus acompanha-as, segue a alegria delas, procura ver onde se dá o encontro
delas com o mundo. Espera por elas quando caem sem que nessa queda algo se
perca. Deus não as anima, levantam-se sozinhas, há o mundo a correr. O tempo
também não lhes é limite: elas correm e não chegam a lado nenhum. Muita neve
cobre a terra mas não é pesaroso o passo delas. Nem se pode dizer que tenham
almas pesarosas, mesmo esvaecida a luz do céu. Para elas, o céu não é um bem
vital. As crianças continuam a correr, a correr continuarão, e o olhar de Deus
seguirá sempre tais seres sem gravidade.
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