Qualquer recorte do real é político; a fotografia ou mostra a dor (sem estética, maximamente desprendida) ou é negócio, ou seja, abjeta. A arte fala dos que morrem, a intervenção acusa os sobreviventes que, além de os terem matado, os humilham (os sobreviventes de uma hora, as vítimas eternas). Nenhuma celebração que não seja a possibilidade de um fogo, a negação de um qualquer euzinho inflado. Um resto por onde o real extravasa, onde fica e pode ser imaginado todo o sofrimento.
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