15.5.13

Regressus ad uterum

Como uma criança que bate à porta enevoadamente, ressoando e ressoando pela casa. Empurrado por uma luz branca e noite súbita descendo. Desaprender como os pulmões das figueiras respirando, os cravos na neve, o arrebatado caos: a bomba dionísiaca. Ouvir esse bater ressoando como quem me aponta a casa, essa que é afinal ruína da casa, coisa mesquinha e usura. A apolínea restrição em breve desfeita e o júbilo de um sítio para estar e não para passar. O mundo é pouca mãe, recrudescem as fulgurantes comunidades em transe, se a linguagem gagueja bem fundo da cabeça: o corpo descompacta-se, reaparece a noite arcaica, a boca abre-se em areia.

Obrigado, menina.

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