9.2.11

Berlin Alexanderplatz


A honestidade como valor limite e como o limite da existência. Franz Biberkopf exerceu sobre o mundo e sobre si toda a força da sua ingenuidade; o mundo respondeu, o Real volta sempre. Da dobra de si avultou entretanto um amor ingénuo e consistente, ainda assim. Muito pouco, talvez; o preço por não se entender o mundo é a apatia absoluta. Deverá ser outra apatia, a kantiana, a chamada aqui, agora: devemos quiçá viver desinteressadamente, nada esperando, e assim fruir. A tese, no filme, clarifique-se, é outra: não temos força para a força do mundo, por isso acabaremos por nada desejar, quer queiramos, quer não.

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