9.3.15

Nota inútil sobre coisa nenhuma


Porque não juntar Rimbaud à molhada: afinal ele não havia escrito que je est un autre? Ou os surrealistas, a escrita automática & o cadavre exquis? Ou Pessoa & os heterónimos, Eliot & a tradição moderna, Holderlin, os românticos? Porque não? Rimbaud inspira Margarida Rebelo Pinto. E esta, hein? Não sou eu, é outro que escreve, é mais ou menos o que a senhora diz. Se é para se ser pantomineiro, 'bora lá. Para além do ar new age, convém ter algum conteúdo, desenvolver um raciociniozinho vá. Não é só ter fama de agitador de salão de chá, para a tia que mastiga a torrada com o ipad defronte, quando só um santo é benevolente ao ponto de se rir de tais gracejos juvenis. É quase a conversa dos pigs aplicada à literatura portuguesa, vai-se a ver e o sociólogo ainda deve alguma coisa à segurança social. Abram uma vaga no blasfémias para este senhor se faz favor, ele também se insurge contra o actual estado de bovinidade.



Sem comentários:

Enviar um comentário