21.9.12

Non habemus papam


A ética é impossível. 
Escolher o caminho em que mais somos é o mais perfeito ato de fé.
Talvez não seja verdadeiramente escolher: é ser-se arrasado pelo caminho com mais ser.
É o que está além da probabilidade, o improvável, o que não pode, nem poderá, jamais ser provado.
A probabilidade é uma moral encapelada no sujeito.
E não acho que o filme, na questão central, seja irónico. Apenas o é no conflito que engendra entre a religião e a psicanálise. E mesmo assim... Desse conflito, nenhuma se salva.
(Escusado, penso eu, destacar que o humano é um ser impreparado. Quando se confronta com isso, bloqueia. É sempre necessária uma dose de inconsciência para aquilo a que sói designar-se por viver.)





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