21.5.11

Ordem



Recentemente, falava-se na televisão da pouca importância das bibliotecas públicas, um grande desperdício. Há pessoas que parecem Ideias platónicas que pairam sobre os homens e que não pensam que uma biblioteca faz sentido para muita gente que não pode comprar os livros que desejaria nem pagar mais um extra pela Internet. Este discurso manifesta também um desprezo pela cultura, em si mesma inútil - é-o, e por isso imprescindível. O discurso é o mesmo a respeito dos cursos universitários das humanidades, cada vez mais próximos daquilo que uma pedagogia a cada dia mais tecnocrática idealiza. Trata-se no fundo da vitória final de uma cultura, superior às outras, por se difundir de forma muito mais eficaz e repetitiva. A ordem arreganha os dentes.



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