O sentido do poema não é evidente (nalgum poema o é em absoluto?), mas algo se pode ler. Parece à primeira vista um texto dilacerado, entrecortado, sem que exista relação entre as suas partes. O que dissocia as partes, o que as afasta, o que as torna partes, ou o que motiva a ausência de um fim para cada motivo, é a «rima obsessiva». Curioso como a poesia suspende o sentido que houver para a vida. Esta vivência alienada e alienante da poesia não nos é estranha; o poeta é o que vive nas franjas do mundo, em depressão. Obviamente que há momentos em que uma crítica social surge de forma velada, especialmente quando se incorpora linguagem mais coloquial.
6.3.11
A Naifa, encore 2
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